Porta-voz disse que Jair Bolsonaro refuta o termo
Marcos Corrêa/PR
Porta-voz disse que Jair Bolsonaro refuta o termo "golpe" para classificar a mudança de regime em 1964

O presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que fizesse as "comemorações devidas com relação ao 31 de março de 1964". A data marca o dia da tomada de poder do país pelos militares, com a derrubada do então presidente João Goulart e a instalação de um regime controlado pelas Forças Armadas, que perdurou por 21 anos (1964-1985).  

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A informação foi confirmada nesta segunda-feira (25) pelo porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros. O porta-voz disse que Jair Bolsonaro refuta o termo "golpe" para classificar a mudança de regime em 1964.

"O presidente não considera o 31 de março de 1964 [como] golpe militar . Ele considera que a sociedade reunida, e percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntou-se, civis e militares. Nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso país num rumo que, salvo melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", afirmou.

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O porta-voz disse ainda que uma ordem do dia (mensagem oficial) já foi preparada e recebeu o aval do presidente, mas não deu detalhes sobre o conteúdo, que deve ressaltar o protagonismo das Forças Armadas nesse momento histórico do país.

Caberá aos comandantes das guarnições a definição do formato dessa celebração nas unidades militares. Não há previsão de nenhuma celebração específica no Palácio do Planalto, mas a data deverá ser observada nas unidades militares do Distrito Federal, afirmou o porta-voz.

Na mesma data,  Bolsonaro estará fora do país, em viagem oficial a Israel. Ele embarca no dia 30 de março e retorna ao país no dia 2 de abril.

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A celebração pedida por Jair Bolsonaro sobre a instituição do regime militar instalado em 1964, classificada pelos militares como "Revolução de 1964", não chega a ser uma novidade nos quarteis. A prática, no entanto, chegou a ser formalmente vetada pela então presidente Dilma Rousseff, em 2012, mas continuou a ocorrer, ainda que informalmente. 

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